Melhor investimento a curto prazo

É muito frequente que os poupadores, dotados de recursos dos quais precisaram em um curto período se perguntem: qual é o melhor investimento a curto prazo. Na maioria das vezes estas pessoas, estão acumulando dinheiro para adquirir algum bem ou atingir algum objetivo, mas não pretendem deixar o dinheiro parado sendo corroído pela inflação.

Por isso, para estes poupadores, o investimento ideal é aquele que proporcione segurança e proteção contra os efeitos da inflação, como os CDBs, fundos de renda fixa, e títulos públicos. Tais investimentos proporcionam baixa rentabilidade. Porém, são defensivos, permitindo um aumento de capital com consistência e segurança.

Saiba mais sobre eles
em uma reportagem publicada pela revista Você/SA reproduzida abaixo:

Fonte: http://vocesa.abril.com.br/organize-suas-financas/materia/melhor-curto-prazo-607475.shtml

ATÉ UM ANO
Quem tem mais de 60 000 reais e vai guardálos por um prazo de seis meses a um ano pode escolher entre os títulos públicos, os fundos DI e os fundos de renda fixa. Os títulos públicos têm custo administrativo baixo, cerca de 0,5% ao ano. Eles podem ser indexados à taxa básica de juros, a Selic, que está em 10,75% ao ano, ou aos índices de inflação, que têm rentabilidade líquida de 0,6% a 0,7% ao mês. No entanto, a facilidade para comprar e vender, chamada de liquidez, é semanal: você pode vendê-los nos leilões feitos pelo próprio Tesouro Nacional uma vez por semana.

Já os fundos DI têm liquidez diária e rentabilidade um pouco menor do que a dos títulos públicos. Esse tipo de aplicação tem como referência o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que segue a taxa Selic. Quanto maior ela for, melhor a rentabilidade dos fundos. No entanto, investir nos fundos só vale a pena se as taxas de administração não superarem 1% ao ano. “Caso contrário, ela pode corroer parte dos ganhos”, diz Mauro Calil, educador financeiro do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil. Para saber se vale a pena investir em um fundo DI ou na poupança você tem de fazer uma conta simples. Analise o rendimento líquido do fundo, descontada a taxa de administração. Se ele for menor do que 80% do CDI, o fundo já ganha da poupança, mesmo se o prazo for inferior a seis meses. É preciso considerar também a tributação. Nos fundos DI, nos de renda fixa e nos títulos públicos há incidência de IR com uma redução progressiva de alíquota ao longo do tempo. Se você deixar seu dinheiro aplicado por seis meses, a alíquota será de 22,5%. Se o prazo for entre seis e 12 meses, a alíquota vai para 20%. Se o período ficar entre 12 e 24 meses, a alíquota é de 17,5%; acima desse prazo, a alíquota é de 15%.

ATÉ DOIS ANOS
Se a sua grana é maior do que 60 000 reais e você só precisará dela entre um e dois anos, vale a pena pesquisar os Certificados de Depósito Bancário (CDBs). O CDB é um empréstimo que você faz ao banco por um prazo determinado, que pode ser de 18 a 24 meses e oferece taxas de remuneração de 99% do CDI. A desvantagem é que não é possível mexer no dinheiro antes da data do vencimento. E resgatar a grana? Pode, mas vai perder a rentabilidade como penalidade por não cumprir o combinado. Alguns bancos criaram alternativas para atrair mais investidores para os seus CDBs. Sinara Figueiredo, superintendente de investimentos do Santander, conta que há os CDBs Escalonados: quanto mais tempo o investidor ficar com os títulos, maior será a sua remuneração.

As aplicações em renda variável, como ações, fundos de ações ou fundos multimercado que investem em ações, não são recomendadas para o curto prazo. Se houver oscilações bruscas na bolsa, você pode não ter tempo para recuperar seu dinheiro. Mas, para quem não suporta a ideia de deixar de aproveitar uma possível alta da bolsa, há os fundos de capital garantido. Neles não há risco de o investidor perder o valor investido e se houver uma alta na bolsa ele ganha a variação. Os prazos para permanência no fundo variam de um a três anos. Fique atento para saber qual é a penalidade caso precise sacar o dinheiro antes do prazo. A tributação é de 15% sobre os ganhos. Há fundos de capital garantido que exigem investimentos iniciais de 5 000 reais. Um pouco de risco no curto prazo, mas sem exageros.

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